Nascido no Porto partilhou a sua infância entre Lisboa, a cidade, Montemor-o-Novo, o campo, e Ferragudo, o mar. Tinha 8 anos quando a revolução de 74 cortou quase tudo e o levou a fazer a quarta classe em Pamplona, a montanha, na Espanha de Franco. Regressou anos mais tarde, a tentativa de estudar veterinária levou-o cinco anos a Évora e ao Alentejo. Durante o período em que estudava zootecnia começou a ajudar a sua Mãe que assumia então, novamente a responsabilidade de ser proprietária de um conjunto de herdades na região.
Em 1990 vai habitar o Monte da Herdade do Freixo do Meio, território onde, passo a passo, vem desenvolvendo um projeto estruturante no campo agrícola e social. Nesta herdade alentejana, Alfredo representa nos últimos trinta anos a nova geração que retoma o desafio de gerir esta propriedade agrícola como um “Bem Comum” num modelo de interação com a comunidade e com a natureza. Elegeu a Agroecologia como ética de gestão regressando ao Agroecossistema Medieval do Montado, como forma de abordar o presente e de construir o futuro.
O Alfredo vem falar-nos dos desafios da regeneração e de como o turismo também tem uma palavra a dizer num planeta terra cada vez mais ameaçado.